A Praça Coronel Flamínio Ferreira de Camargo, a conhecida Praça do Museu, vai ser também a praça do pedestre. Essa é a proposta do projeto de reforma que garantiu mais espaço para o usuário e segurança para o tráfego de ônibus, já que várias linhas têm pontos nas ruas Carlos Gomes e Tiradentes. Ponto tradicional da cidade, a Praça do Museu faz parte da história de vida dos limeirenses, que esperam com certa ansiedade e curiosidade pelo resultado das intervenções. A reforma deve ficar pronta no mês de junho.
“Eu espero que fique bonita, aliás, que vai ficar bonita sei que vai”, diz a auxiliar geral Paula Beckman, que reside no bairro dos Pires, mas todos os dias a pela praça para ir ao trabalho e onde espera o ônibus para voltar para casa. “Aqui nesta árvore da praça tinha até macaquinhos que vinham pegar comida com a gente e, depois, se escondiam nos galhos”, disse ela apontado para uma árvore de grande porte que fica ao lado da rua Carlos Gomes.
Paula acompanha desde o início a reforma e tem algumas exigências para o local: cuidado com as árvores e melhorias no piso, o que já está previsto no projeto de reforma. O que ela não sabe é que os pontos de ônibus também serão melhorados, com abrigos transparentes que protegem quem espera pelo transporte coletivo, sem competir com a beleza arquitetônica do prédio da antiga escola Coronel Flamínio.
Frequentadora da Praça há oito anos, a doméstica Cláudia Pereira do Rego disse que o espaço é agradável por causa das árvores, sombras e banco, por isso espera que a reforma valorize o espaço para quem tem que usá-la diariamente. “Aqui tem muito movimento, venho todos os dias para pegar meu ônibus. Eu acho que a reforma vai deixar a praça mais bonita”, declara ela.
A diretora de projetos da Secretaria Municipal de Urbanismo, Camila Moreno disse as agens de ônibus foram incorporadas à praça e o raio da curva também foi ampliado para facilitar a virada de ônibus. As bocas-de-lobo e semáforo foram reposicionados. O piso está sendo trocado e intervenção no talude de canteiro na Rua 13 de Maio, que evitará que a água da chuva leve terra para o calçamento.
“Nós reordenamos as vagas de automóvel para valorizar o espaço para o pedestre, que é a prioridade da praça, além disso reformamos a escada principal da 13 de Maio e da esquina da Rua 13 de Maio com a rua Carlos Gomes, que estavam irregulares e quebradas por raízes de árvores”, disse Camila.
A arquiteta informou ainda que as duas escadas estavam fora das normas técnicas, por isso aram por adequações. A banca de revistas e a barraca de lanches serão transferidas para dois quiosques padronizados e os ambulantes serão reposicionados no espaço onde atualmente está uma escada atrás do prédio do museu, que foi inutilizada para a colocação de um elevador. “A escada não faz parte do projeto original, por isso vamos demolir e usar o espaço para recolocar os ambulantes, que ficarão numa área mais sombreada”, declara a arquiteta.
O piso também receberá rota tátil para orientar deficientes visuais, além disso as guias, sarjetas e canteiros foram refeitos. Na esquina do Correio as calçadas tinham mais de 20 centímetros e foram refeitas. Serão plantadas mudas de árvores em espaços abertos com a reforma, priorizando espécies que geram sombras.
Comércio de Rua
Há 14 anos trabalhando na Praça Coronel Flamínio Ferreira de Camargo, o dono da banca de jornais Eraldo Alves Cordeiro, 63, disse que melhorias sempre são bem-vindas, especialmente no piso, que atualmente está danificado e irregular. Ao ser informado sobre a troca e uniformização do piso, ele se anima. “Acho que vai ficar bom.” A atual banca de Eraldo será transferida para um quiosque padronizado, que será instalado na face da rua Tiradentes.